Tratamentos para emagrecer: quais existem e como funcionam?


Conheça os principais tratamentos para emagrecer — dieta, exercício, medicação, injeções e cirurgia — e descubra qual pode ser o mais indicado para o seu caso.

Porque é tão difícil emagrecer só com força de vontade

Se bastasse “comer menos e mexer mais”, ninguém estaria à procura de tratamento para emagrecer. A realidade é bem mais complexa:

  • O corpo tem mecanismos de defesa contra a perda de peso:

    • Reduz o metabolismo (gasta menos energia).

    • Aumenta hormonas da fome (como a grelina).

    • Diminui hormonas da saciedade.

  • Fatores como sono, stress, hormonas, genética, medicação e ambiente têm enorme impacto no peso.

  • Dietas muito restritivas levam muitas vezes ao efeito yo-yo: perde-se peso rápido, ganha-se tudo (ou mais) de volta.

Por isso, muitas pessoas:

  • Conseguem perder alguns quilos com dietas da moda.

  • Mas não conseguem manter o peso a médio/longo prazo.

É aqui que entram os tratamentos de emagrecimento estruturados — que não dependem apenas de força de vontade, mas combinam:

  • Estratégia nutricional

  • Movimento

  • Comportamento/psicologia

  • E, quando indicado, medicação ou outras intervenções médicas


Tipos de tratamento para emagrecer

Hoje existem vários tipos de tratamento de emagrecimento, desde mudanças de estilo de vida até cirurgias. Cada um tem indicações próprias e níveis de eficácia diferentes.

1. Alimentação e exercício

São a base de qualquer tratamento perda de peso, independentemente de se usar ou não medicação.

  • Plano alimentar estruturado

    • Ajuste de calorias e macronutrientes

    • Priorização de proteínas, fibra, alimentos pouco processados

  • Plano de atividade física

    • Combinação de treino de força (para preservar massa muscular) + cardio

    • Adaptação ao nível de condição física, limitações articulares, etc.

Sozinhos, podem ser suficientes para algumas pessoas, especialmente:

  • Com excesso de peso ligeiro/moderado

  • Sem doenças metabólicas mais graves

  • Com ambiente favorável (trabalho, família, rotina)

Mas, em muitos casos, estes planos precisam de ajuda extra (medicação, acompanhamento mais intensivo, etc.) para gerar resultados sustentáveis.

2. Suplementos e produtos “naturais”

Aqui entram:

  • Chás, queimadores de gordura, cápsulas “naturais”, shakes substitutos de refeição, etc.

  • Programas comerciais baseados em pacotes de produtos (batidos, barras, suplementos).

Em geral:

  • Podem ter efeito modesto na perda de peso.

  • A eficácia varia muito entre produtos e nem todos têm evidência científica forte.

  • O risco é a pessoa apostar apenas nestes produtos, sem mudar hábitos ou tratar problemas de base.

Suplementos podem ter lugar em alguns planos (por exemplo, proteína em pó para facilitar ingestão proteica), mas não são, por si, o tratamento mais eficaz para emagrecer na maioria dos casos.

3. Medicamentos orais para emagrecer

Existem medicamentos orais aprovados em alguns países para:

  • Ajudar a reduzir o apetite

  • Diminuir a absorção de gordura

  • Aumentar o gasto energético

Regra geral:

  • Têm critérios de prescrição (IMC, comorbilidades, etc.).

  • Trazem efeitos secundários e contraindicações.

  • Devem ser usados dentro de um programa médico de emagrecimento, não isoladamente.

4. Injeções para emagrecer (GLP-1 e afins)

Nos últimos anos, surgiram os novos tratamentos para emagrecer baseados em hormonas intestinais (incretinas), como:

  • Agonistas GLP-1 (ex.: semaglutida)

  • Co-agonistas (ex.: tirzepatida, usada em medicamentos como Mounjaro/Zepbound)

Estas injeções para emagrecer:

  • São administradas normalmente 1 vez por semana, em caneta injetável.

  • Atuam em centros de fome e saciedade no cérebro, controlam glicemia e reduzem o apetite.

  • Em estudos clínicos, mostraram perdas de peso muito superiores às obtidas só com dieta e exercício em muitos pacientes.

São, hoje, alguns dos tratamentos emagrecimento eficazes mais discutidos, mas:

  • São medicamentos de prescrição.

  • Exigem avaliação médica rigorosa e monitorização.

  • Têm efeitos secundários e não são adequados para todos.

(Aqui faz sentido um link interno para o teu artigo sobre Mounjaro, Ozempic ou “injeções para emagrecer”.)

5. Cirurgia bariátrica / metabólica

cirurgia bariátrica é um tratamento para emagrecer indicado em situações específicas, geralmente:

  • IMC muito elevado (obesidade grave)

  • Comorbilidades importantes (diabetes, apneia do sono, HTA)

  • Falha de tratamentos médicos menos invasivos

Tipos mais comuns:

  • Bypass gástrico

  • Sleeve gástrico

  • Outras variantes metabólicas

É, muitas vezes, um dos melhores tratamentos para emagrecer em termos de magnitude de perda de peso e impacto em doenças como diabetes tipo 2 — mas também:

  • Envolve risco cirúrgico

  • Requer mudanças de estilo de vida para sempre

  • Exige suplementação e seguimento a longo prazo


O que torna um tratamento para emagrecer realmente eficaz?

Quando falamos de tratamento eficaz para emagrecer, não estamos a falar só de perder quilos — mas de:

  • Perder gordura, preservando massa muscular

  • Melhorar marcadores de saúde (glicemia, colesterol, tensão arterial)

  • Conseguir manter os resultados a longo prazo

Alguns fatores que tornam um tratamento mais eficaz:

1. Adesão (consegue manter na rotina?)

O “melhor tratamento para emagrecer” na teoria é inútil se for impossível de seguir na prática.
Um plano eficaz:

  • Encaixa no dia a dia da pessoa

  • Não depende de restrições absurdas a longo prazo

  • Tem espaço para social, família, trabalho

2. Acompanhamento contínuo

Tratamentos de emagrecimento com acompanhamento regular (médico, nutricional, psicológico) tendem a ter:

  • Maior perda de peso

  • Menor reganho

  • Melhor gestão de crises (ex.: platôs, recaídas)

A supervisão permite:

  • Ajustar plano alimentar e medicação

  • Trabalhar emoções e comportamentos ligados à comida

  • Prevenir que pequenos deslizes se tornem grandes recaídas

3. Personalização

Os melhores tratamentos para emagrecer são os que levam em conta:

  • IMC, composição corporal

  • Doenças associadas (diabetes, SOP, apneia do sono, etc.)

  • Medicações em uso

  • Histórico de dietas e transtornos alimentares

  • Preferências, rotina, orçamento

Não existe um “tratamento perda de peso” universal.
Existe: o tratamento certo para uma pessoa específica, numa fase específica da vida.


Novos tratamentos para emagrecer (incluindo GLP-1, tirzepatida)

Nos últimos anos, surgiram novos tratamentos para emagrecer que mudaram completamente o jogo, especialmente para quem:

  • Já tentou muitas dietas

  • Tem obesidade com comorbilidades

  • Tem grande dificuldade em controlar o apetite

Destacam-se:

Agonistas GLP-1 (semaglutida e outros)

  • Foram inicialmente desenvolvidos para diabetes tipo 2.

  • Atuam em recetores GLP-1, ajudando a:

    • Aumentar saciedade

    • Reduzir esvaziamento gástrico

    • Melhorar controlo glicémico

  • Em doses apropriadas e com acompanhamento, geraram perda de peso significativa em muitos pacientes.

Tirzepatida (co-agonista GIP/GLP-1)

Medicamentos à base de tirzepatida (como Mounjaro/Zepbound, dependendo do país e indicação):

  • Atuam em dois recetores (GIP e GLP-1).

  • Em vários estudos, resultaram em perdas de peso muito expressivas (por vezes >15–20% do peso inicial ao fim de cerca de 1 ano), sempre em conjunto com dieta e exercício.

  • São considerados hoje alguns dos tratamentos emagrecimento eficazes mais potentes disponíveis em contexto médico.


(Aqui voltas a linkar internamente para os teus artigos específicos sobre Mounjaro, Ozempic, GLP-1, etc.)


Como escolher o melhor tratamento para si

Com tantas opções, como decidir qual é o tratamento para emagrecer mais adequado?

Não é uma decisão a tomar sozinho — mas alguns fatores que o médico avalia:

1. IMC e grau de obesidade

  • Excesso de peso moderado (IMC 25–30)

    • Pode responder bem a programas estruturados de alimentação + exercício, com eventual reforço comportamental.

  • Obesidade (IMC ≥ 30) ou IMC ≥ 27 com comorbilidades

    • Pode justificar tratamentos médicos (incluindo medicação) além das mudanças de estilo de vida.

  • Obesidade grave (IMC muito elevado)

    • Pode levar à discussão de cirurgia bariátrica como opção, após avaliação.

2. Saúde metabólica e comorbilidades

  • Diabetes tipo 2

  • Hipertensão

  • Dislipidemia (colesterol/triglicéridos)

  • Apneia do sono

  • Doença cardiovascular, fígado gordo, etc.

Estes fatores influenciam:

  • Que medicamentos podem ser úteis

  • Que medicamentos estão contraindicados

  • Se uma abordagem mais agressiva (como cirurgia) deve ser considerada

3. Histórico de tentativas anteriores

  • Quantas dietas já foram feitas?

  • Houve resposta inicial e depois reganho?

  • Houve efeitos secundários com medicações passadas?

  • Há sinais de compulsão alimentar ou relação emocional complexa com a comida?

Isto ajuda a definir se:

  • Um programa mais comportamental pode ser suficiente

  • Faz sentido avançar para novos tratamentos para emagrecer, como GLP-1/tirzepatida

  • É necessário integrar psicologia/psiquiatria na abordagem

4. Preferências pessoais e orçamento

Qualquer tratamento de emagrecimento precisa de ser:

  • Financeiramente sustentável (consultas, medicamentos, exames)

  • Compatível com o estilo de vida (por exemplo, conforto com injeções semanais vs comprimidos)

  • Alinhado com expectativas realistas

melhor tratamento para emagrecer é aquele que:

  • É clinicamente adequado

  • Tem boa probabilidade de adesão

  • Pode ser mantido o tempo suficiente para gerar e consolidar resultados


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Se está a tentar perceber qual dos tratamentos para emagrecer faz mais sentido para o seu caso, o próximo passo não é escolher sozinho no Google — é falar com uma equipa especializada.


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Dra. Inês Carvalho, M.D. – Endocrinologia & Medicina do Peso

Dra. Inês Carvalho, M.D. – Endocrinologia & Medicina do Peso
Dra. Inês Carvalho é uma endocrinologista portuguesa, com foco especial em obesidade, diabetes e saúde metabólica. Concluiu a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, seguindo-se a formação específica em Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo num grande hospital público em Lisboa.

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